sexta-feira, 22 de junho de 2012



O que me dá raiva é saber tudo o que fiz por ti. Todas as noites perdidas a pensar no que aconteceu, todos os sonhos que se foram desgastando, todas as cedências que fiz para que existisse um “nós“, todo o orgulho que me esforcei para perder em vão. Dá-me raiva pensar em todos os sorrisos que te dei, em todos os olhares que troquei, enquanto que aquilo que recebi foram palavras vazias e declarações de amor que hoje já não te dizem nada. Sinto raiva por ter sido tão fácil e por sempre ter estado à tua inteira disposição. Mete-me raiva pensar em todas as lágrimas que derramei por ti e pensar que tu um dia podias ser o tal. Confiei em ti, com a minha total determinação! Dá-me raiva não ter ouvido a voz da razão e apenas me ter guiado pela emoção e acabei apenas por me estar a iludir a mim mesma. Mete-me raiva pensar em quem te irá abraçar, beijar, morder e ajudar em tudo, tal como eu fazia. Mete-me raiva pensar em todos os meus amores e pensar que tu foste o maior deles. Dá-me raiva não saber o que fazer com este amor. Mas o que me dá mais raiva no meio de tudo isto é que o meu coração dispara ao ver-te, e eu torno-me novamente numa fraca e sentimental quando estou a teu lado. Dá-me raiva sentir saudades tuas logo após uma despedida e ansiar firmemente uma nova oportunidade para te ver. Mete-me raiva este meu amor forte e arrebatador, sem razão alguma… Sinto tanta raiva de saber que houve um ponto final, que acabou! E para além de tudo isto, mete-me raiva nunca sentir raiva de ti, nem só por um segundo.

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